Logo da FaculMatch
Fotinho da FaculMatch

FaculMatch

Equipe

René Descartes, um racionalista matemático que acreditava puramente na razão





The free media repository., CC BY-SA 2.5 , via Wikimedia Commons

Renè Descartes foi um filósofo e matemático nascido na França, em 1596. Durante a adolescência estudou no colégio jesuíta Royal Henry, e aos 20, concluiu direito na universidade de Poitiers. Descartes decepcionou-se com o ensino, pois acreditava que a filosofia aplicada nas escolas não levava a nenhuma verdade indiscutível, e que somente a matemática mostrava aquilo que afirmava.

Em 1618 começou a estudar matemática junto ao cientista holândes Isaac Beeckman, e aos 22 anos começou a elaborar sua geometria analítica, assim como seu método de raciocinar corretamente. Descartes rompe com a filosofia aristotélica, que era adotada nas academias, propondo, em 1619, uma ciência universal e unitária, que serviu de base para o método científico moderno.

Descartes serviu no exército de 1629 a 1649, e faleceu em 1659, devido a uma pneumonia.

Em sua filosofia, Renè trabalhava muito com o racionalismo, observando que na matemática, os professores possuíam um método exato, preciso, que não gerava controvérsias, diferente dos filósofos, que utilizavam métodos diferentes, então, ele buscava um método preciso para a Filosofia

Entre suas principais ideias, podemos destacar a razão como inata ao ser humano, com a inteligência de cada pessoa sendo diferente devido ao modo como é usada. Devemos destacar também que Descartes acreditava que o conhecimento filosófico deveria ser afirmado através de um método confiável, de forma que o conhecimento fosse claro, distinto, afastado daquilo que gera dúvida.

Descartes defendia o racionalismo, então acreditava que o conhecimento que não fosse fornecido pela razão pudesse ser enganoso. E que apenas aquilo que fosse fruto da razão pudesse ser claro e distinto. Deve haver um método preciso para se alcançar a razão, então, para fundamentar sua teoria, o francês elaborou um método cujo principal base é a dúvida metódica e hiperbólica.

Este método, chamado Método Cartesiano, possui 4 regras:

1)Evidência: Não aceitar como verdade algo duvidoso, aceitar apenas o conhecimento claro.

2) Análise: Frente a um problema filosófico,se possível, dividi-lo em partes, para tornar a compreensão mais fácil.

3) Síntese: Resolver primeiro os problemas menores, menos complexos, pois com eles, pode ser mais fácil resolver os problemas maiores.

4) Enumeração: Enumerar cada parte, e revisar cada parte ao seu fim, para tornar mais fácil encontrar erros.

Através deste método, Descartes chegou ao primeiro conhecimento estritamente verdadeiro, o Cogito, através dos seguintes passos.

1) Eu devo duvidar de tudo para atingir um conhecimento rigoroso.

2) Ao duvidar de tudo, duvido inclusive de mim mesmo, de minha essência e de minha existência.

3) Ao duvidar, eu estou pensando.

4) Se penso, logo eu existo

Entre suas principais obras, podemos citar “Discurso do Método”, em que Descartes apresenta o Método Cartesiano; “Meditações Metafísicas”, no qual o francês aborda questões metafísicas tradicionais, como Deus e alma; e “Princípios de Filosofia”, que é como se fosse um manual para o fornecimento de conhecimento filosófico em escolas jesuítas.

O filósofo alemão Immanuel Kant, se afastava do racionalismo e empirismo, focando-se nos “juízes universais”





Johann Gottlieb Becker (1720-1782), Public domain, via Wikimedia Commons

Immanuel Kant foi um filósofo alemão do século XVIII, sendo um dos principais pensadores do período moderno da filosofia. Ele nasceu na cidade de Königsberg, na Prússia Oriental, em 22 de abril de 1724, vindo de uma família tradicional protestante, recebendo de seus pais luteranos uma educação religiosa, no entanto, manteve uma relação polêmica com a fé com seu criticismo - sistema que procura determinar os limites da razão humana -.. Em 1740, aos 16 anos, Kant ingressou na Universidade de Königsberg, no curso de Teologia (estudo crítico da natureza dos deuses e seres divinos). Também interessou-se pela física e matemática, escrevendo sobre as Ciências Naturais. Ele faleceu em 12 de fevereiro de 1804, aos 79 anos de idade, após sofrer de uma doença degenerativa.

Um dos principais temas da filosofia de Kant era o conhecimento, as possibilidades do aprendizado humano, seu início e fim e sua utilização. Ele também abordava questões moralistas (razões humanas) e até a natureza do espaço e tempo.

Ele discordava de duas correntes filosóficas: o racionalismo (preponderância de razão) e o empirismo (foco na experiência), já que acreditava que o conhecimento deveria surgir através dos juízos universais, que era constituído de matéria e forma. Kant defendia o “Idealismo Transcendental” (aquilo que é anterior a toda experiência). Afirmava ele: “Chamo transcendental todo conhecimento que trata, não tanto dos objetos, como, de modo geral, de nossos conceitos a priori dos objetos”.

Uma das suas obras mais relevantes é a "Crítica da razão pura”, na qual Kant busca formular maneiras para fazer bom uso do entendimento. Suas outras principais obras são o “Juízo sintético”, “Juízo analítico" e “Juízo estético”, na qual abordam a filosofia moral, experimentação, princípio de identidade e o uso do julgamento.

Hans Jonas, filósofo alemão amigo de Hannah Arendt, objetiva-se em ideias futurísticas





Universitätsarchiv St.Gallen | Regina Kühne | HSGH 022/001945 | CC-BY-SA 4.0, CC BY-SA 4.0 , via Wikimedia Commons

Hans Jonas foi um filósofo Alemão que nasceu dia 10 de maio de 1903, estudou filosofia e teologia em Marburg, onde fez estudos sobre Martin Heidegger e Rudolf Bultmann. Fazendo doutorado conheceu Hannah Arendt, e deu início a amizade deles, em 1933 Heidegger se uniu ao partido Nazista, e como Jonas é de origem judia, fez o questioná-lo o valor da filosofia. No início da guerra foi pra Inglaterra e em 1940 se juntou a uma brigada de judeus para lutar contra Hitler, após a guerra foi pra Palestina e fez parte da guerra árabe-israelense. Até perceber que seu destino era ser professor de filosofia, Jonas deu aulas na Universidade Hebraica de Jerusalém, brevemente, antes de mudar-se para a América do Norte. Em 1950 foi para o Canadá, ensinando na Universidade de Carleton, e de lá mudou-se para New York, em 1955, onde viveu o resto de seus dias. Trabalhou para a Nova Escola de Investigações Sociais entre 1955 e 1976 junto com Hannah Arendt, e morreu aos 89 anos.

Sua principal obra é O Princípio da Responsabilidade. Ensaio de uma ética para a civilização tecnológica feito em 1979, ela tem o princípio nos problemas éticos sociais criados pela tecnologia. Jonas quer sustentar que a sobrevivência humana depende de nossos esforços para cuidar de nosso planeta e seu futuro. Fez também livros que marcaram sua carreira como O Fenômeno da Vida e O Princípio Vida: Fundamentos para uma Biologia Filosófica. Ele desenvolveu a ideia de Ética da Responsabilidade ao pensar em consequências futuras. O filósofo atribuiu ao ser humano a responsabilidade pela manutenção da natureza e pela garantia do bem-estar e da existência de futuras gerações. Outra ideia era a de que a Bioética se mostra importante para a existência de uma reflexão moral em torno das ações humanas em relação à vida e aos desenvolvimentos científicos , e possui alguns princípios como: Beneficência (ter como o fim o bem) e não-maleficência (não fazer o mal).

Jonas como todas suas ideias eram futuristas e sempre pensava na ética do futuro, mas sempre pensando que a Ética deve se posicionar criticamente contra qualquer avanço científico que ameace a continuidade da vida. Assim dizendo “que o ser humano tende a acreditar que a inovação e o progresso são fenômenos indiscutivelmente positivos.”

Habermas, filósofo e sociólogo alemão, é considerado um pragmatista, devido a suas teorias sobre a linguagem e da necessidade de ampliação





English: photographer: Wolfram Huke at en.wikipedia, http://wolframhuke.de, cropped by א, CC BY-SA 3.0 , via Wikimedia Commons

Jürgen Habermas é um filósofo e sociólogo alemão, nascido na cidade de Düsseldorf, em 18 de Junho de 1929. Aos 25 anos, fez doutorado em filosofia na Universidade de Bonn, e aos 27, se tornou assistente de ensino de Theodor Adorno, que foi um dos grandes pensadores do século XX, e um dos que fundou a Escola de Frankfurt, e foi no Instituto de Pesquisa Social desta escola que Habermas vincula-se à teoria crítica, que foi desenvolvida pelos pensadores frankfurtianos. Habermas trabalhou na Universidade de Frankfurt até 1960, década em que Habermas fez diversas pesquisas sobre política, que o aproximaram de novas interpretações do Marxismo.

É considerado um pragmatista, devido a suas teorias sobre a linguagem e da necessidade de ampliação, assim como a aceitação prática de uma teoria.

Em 1968, passa a dar aula na New School for Social Research, em Nova York. Em 1971, voltou para Alemanha para ser diretor no Instituto Max Planck, e em 1983, Habermas começou a lecionar na Universidade Johann Wolfgang von Goethe, em Frankfurt, instituição em que Jürgen se aposentou, em 1994.

Mesmo aposentado, Habermas não parou suas pesquisas e palestras, estando ativo, mesmo com mais de 90 anos.

Habermas é conhecido por sua “ética de discussão”, na qual acredita-se que o diálogo é mais importante do que o convencimento do interlocutor. Ele acredita que para que uma norma seja válida, deve-se formar através de um diálogo entre diferentes perspectivas, concluindo-se que o discurso tem grande importância para a democracia.

Suas principais ideias/conceitos são: teoria da ação comunicativa, razão comunicativa, esfera pública e teoria da sociedade, na qual abordam a compreensão da política, da ética e da comunicação.

A teoria da ação comunicativa é uma complexa tese de interpretação do mundo e da socialização. É embasada por duas diferentes percepções: o materialismo histórico dialético de Marx e o funcionalismo de Max Weber, além da filosofia da linguagem e da teoria crítica da Escola de Frankfurt. Isso resulta na fundamentação da ética que resulta das ações individuais e do convencimento humano na base da comunicação, sendo ela de alta relevância, pois permite a interação e a instauração de processos éticos e de socialização.

A razão comunicativa é a razão por trás da ação comunicativa, surgindo como uma proposta de individualismo para o ser humano, em oposição à razão instrumental (processos racionais operacionalizados).

A esfera pública é formada por qualquer espaço de interação e discussão. Na visão de Habermas, onde o conceito da esfera pública pode-se estender em um “local onde assuntos públicos são dialogados”, o significado vai além do âmbito público estatal.

A teoria da sociedade refere-se na junção da teoria dos sistemas (tese que defende a criação de múltiplas teorias com aplicabilidade prática) com a ação comunicativa.

Habermas escreveu e publicou muitas e muitas obras, assim como artigos acadêmicos e jornalísticos, tornando-o um dos maiores teóricos dos séculos XX e XXI, além de torná-lo um dos principais filósofos da atualidade.

Entre suas principais obras, podemos citar: “Teoria da Ação Comunicativa", em que Habermas lança, detalhadamente, seu mais importante conceito, a ação comunicativa; “Consciência Moral e Agir Comunicativo", onde o alemão relaciona, de um jeito pragmático, a moral e o agir moral com a razão comunicativa; “Inclusão do Outro”, livro em que Jürgen comenta sobre o quão importante é a inclusão e o reconhecimento da pluralidade para formar sociedades republicanas democráticas.

Também merecem destaque “O Ocidente Dividido”, que foi escrito e publicado depois de eventos terroristas, como a Guerra no Iraque e o 11 de Setembro, em que Habermas critica duramente a política de “guerra ao terror” do governo dos Estados Unidos, dizendo que o que divide o ocidente não é o terrorismo, mas sim esta política estadunidense; e “Dialética da Secularização - sobre razão e religião”, livro escrito junto com o Papa Bento XVI, em que o filósofo dialoga com um intelectual religioso sobre fé e razão.

Referências Bibliográficas:



Descartes:

https://www.todamateria.com.br/descartes/

https://brasilescola.uol.com.br/biografia/rene-descartes.htm

Kant:

https://www.todamateria.com.br/immanuel-kant/

https://www.ebiografia.com/immanuel_kant/

https://filosofia.com.br/historia_show.php?id=102

https://www.infoescola.com/biografias/immanuel-kant/

https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/immanuel-kant.htm

https://querobolsa.com.br/enem/filosofia/immanuel-kant

https://pt.wikipedia.org/wiki/Teologia

Jonas:

https://sopra-educacao.com/2021/01/29/biografia-de-hans-jonas

https://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/7635-hans-jonas-luzes-para-uma-etica-preocupada-com-o-futuro

https://sopra-educacao.com/2021/01/29/biografia-de-hans-jonas

Habermas:

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/jurgen-habermas.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica_da_discuss%C3%A3o

https://pt.wikipedia.org/wiki/Raz%C3%A3o_instrumental

https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/jurgen-habermas.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Esfera_p%C3%BAblica

https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/jurgen-habermas/